Basicamente trata-se de um filme para ser ouvido, não para ser visto. Ver o escuro nesse caso é ouvir mais, e Monteiro transforma a ausência, nesse caso ausência de cor, em caminho, caminho para alargar a percepção. Através da tela preta temos Branca de Neve, o Príncipe, a Madrasta e o Caçador, em um diálogo profundo, às vezes denso demais, às vezes verdadeiro demais, sobre amor, livre arbítrio, destino e vontade.